O problema é que evolução comporta um outro conceito: imprevisível! O que nos leva ao campo dos possíveis não realizados. terá Deus previsto todas as possibilidades e conferido arbítrio aos seres que criou? Ou será que a evolução segue os trâmites estipulados por Deus? Se assim for nenhuma liberdade é possível e vivemos apenas um destino que nos precede a priori.
O problema relativo à ideia de evolução prende-se com a velha questão que atormenta o Homem desde que a Filosofia o fez ver como humano: o problema da origem. A explicação mitológica foi a saída possível destes dilemas. Com a evolução da Ciência, sempre apoiada nos caprichos curiosos da filosofia, o Homem tentou desvelar o véu sombrio que rodeia a sua génese. Apesar de já conseguir ver mais longe, ainda não conseguiu foi ver claramente. Enquanto assim for persistirão sempre as dúvidas.
No fundo isto mais não é que o duelo entre Mito e Logos, ficção ou razão.
Adequa-se aqui uma frase de Kundera: "O Paraíso é o desejo que o homem tem de não ser Homem". Com a teoria da evolução das espécies o Homem torna-se apenas mais um ser entre seres, desprovido daquilo que sempre ambicionou: Divindade ("Deus fez o homem à Sua imagem").
Há leis físicas que não podemos renegar. Antoine Lavoisier, o pai da Química, citava que nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Deus é apenas o cientista, juntou uns quantos ingredientes e colocou no forno e esperou uns milhões de anos. A velha e ultrapassada ideia que Deus estalou os dedos e fez o homem, é demasiadamente redutora da essência de Deus.
Quanto aos caprichos curiosos da filosofia, e sem tirar valor à filosofia que guia o pensamento do homem, não devemos tirar o valor a quem de direito. Postular que um dia o homem irá a Marte, é fácil, mas apenas será possível se a ciência o alcançar! A ciência mais do que uma ferramenta essencial à evolução do homem, é a forma de compreensão de todo o Universo.
Voltando à evolução, esta é a combinação de factores internos (replicação de genes) e externos (habitat em alteração) que fazem os seres entrarem em constante mutação. A forma como estas combinações ocorreram, terão a mão de Deus. As míticas probabilidades de 1 num milhão, foram ocorrendo ao longo dos tempos vezes sem conta.
A ciência não é mais uma hipótese sobre a nossa génese, mas sim, a mais válida, precisando apenas de algumas afinações para ser a verdadeira história da criação.
No meio deste dilema em que a ciência é o brilhante aluno, e a filosofia o professor céptico temendo pela veracidade do aluno, aparecem os religiosos, no caso mais próximos os cristãos. Ciência ou Bíblia?
Eu acredito nas duas.
Por fim, deixo esta pergunta: o homem é o resultado final (até agora) da evolução dos símios, porque não houve evolução de outros seres, da qual resultasse vida inteligente...
2 comentários:
O problema é que evolução comporta um outro conceito: imprevisível! O que nos leva ao campo dos possíveis não realizados. terá Deus previsto todas as possibilidades e conferido arbítrio aos seres que criou? Ou será que a evolução segue os trâmites estipulados por Deus? Se assim for nenhuma liberdade é possível e vivemos apenas um destino que nos precede a priori.
O problema relativo à ideia de evolução prende-se com a velha questão que atormenta o Homem desde que a Filosofia o fez ver como humano: o problema da origem. A explicação mitológica foi a saída possível destes dilemas. Com a evolução da Ciência, sempre apoiada nos caprichos curiosos da filosofia, o Homem tentou desvelar o véu sombrio que rodeia a sua génese. Apesar de já conseguir ver mais longe, ainda não conseguiu foi ver claramente. Enquanto assim for persistirão sempre as dúvidas.
No fundo isto mais não é que o duelo entre Mito e Logos, ficção ou razão.
Adequa-se aqui uma frase de Kundera: "O Paraíso é o desejo que o homem tem de não ser Homem". Com a teoria da evolução das espécies o Homem torna-se apenas mais um ser entre seres, desprovido daquilo que sempre ambicionou: Divindade ("Deus fez o homem à Sua imagem").
Há leis físicas que não podemos renegar. Antoine Lavoisier, o pai da Química, citava que nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Deus é apenas o cientista, juntou uns quantos ingredientes e colocou no forno e esperou uns milhões de anos. A velha e ultrapassada ideia que Deus estalou os dedos e fez o homem, é demasiadamente redutora da essência de Deus.
Quanto aos caprichos curiosos da filosofia, e sem tirar valor à filosofia que guia o pensamento do homem, não devemos tirar o valor a quem de direito. Postular que um dia o homem irá a Marte, é fácil, mas apenas será possível se a ciência o alcançar! A ciência mais do que uma ferramenta essencial à evolução do homem, é a forma de compreensão de todo o Universo.
Voltando à evolução, esta é a combinação de factores internos (replicação de genes) e externos (habitat em alteração) que fazem os seres entrarem em constante mutação. A forma como estas combinações ocorreram, terão a mão de Deus. As míticas probabilidades de 1 num milhão, foram ocorrendo ao longo dos tempos vezes sem conta.
A ciência não é mais uma hipótese sobre a nossa génese, mas sim, a mais válida, precisando apenas de algumas afinações para ser a verdadeira história da criação.
No meio deste dilema em que a ciência é o brilhante aluno, e a filosofia o professor céptico temendo pela veracidade do aluno, aparecem os religiosos, no caso mais próximos os cristãos. Ciência ou Bíblia?
Eu acredito nas duas.
Por fim, deixo esta pergunta:
o homem é o resultado final (até agora) da evolução dos símios, porque não houve evolução de outros seres, da qual resultasse vida inteligente...
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