Perante estas fúrias da natureza confesso que me interrogo muito sobre o sentido de todo este circo em que vivemos. Apesar de tudo ainda consigo entender que o Homem se destrua a si próprio, mas nunca consegui perceber porque motivo Deus castiga aqueles que criou. Não me digam que é para nos por à prova, porque aí entaõ ainda entendo menos. Há prova de quê?! E se assim for não seremos nós uns meros joguetes? um divertimento estranho e maléfico? Mas, no fim de contas, ninguém disse que tudo tinha de ter um sentido...talvez até mesmo nada o tenha...
O problema é que o dono da tenda não é Deus, mas sim o homem... E mais grave, é o facto de a Terra ser o único circo do universo em que o dono é o palhaço...
Fomos feitos livres...
Se existem tragédias como estas não é devido à acção de Deus mas do Homem. O Homem como organismo vivo é para a Terra um verdadeiro vírus. O problema é que a infecção humana está alastrada por todo lado, e as suas demandas estão a corroer a Terra.
Se respeitássemos mais o ambiente e assinássemos e respeitássemos acordos isto poderia não estar a acontecer...
Se pensarmos que Deus castiga de qualquer forma, não faz sentido a vida que levamos, pois todos merecemos ser castigados por uma ou outra atitude menos correcta... Muitas vezes dizemos que Deus não existe, senão não deixaria sofrer, morrer à fome, andar sem trabalho, e muitas outras injustiças... Eu digo que Ele eK-siste... Não é procurado...ou só o é em casos de aflição, em que se fazem promessas e mais promessas em vão! Também podemos dizer que os professores não existem, pois há muita gente sem cultura, que as cabeleireiras não existem, pois há muita gente a precisar de cortar o cabelo, que os sapateiros não existem, pois há muitos com os sapatos rotos... Talvez estas coisas sejam apenas um sinal que não caminhamos para algo melhor, que estragamos tudo o que nos rodeia, ou que não nos preocupamos com o que possa vir a acontecer com os nossos actos irreflectidos... Talvez valha mesmo a pena pensar nisto! Ou não valha a pena pensar, quando nos esquecemos de sentir!
Fomos feitos livres?! Como é que é livre um ser que existe sem o ter pedido e que é arrancado, sem o seu consentimento, com toda a violência possível, à sua vida?! E nunca entendi bem essa ideia de que o Homem é o responsável mor de tudo o que de mal acontece e Deus a fonte de todo o bem. Afinal quem é que criou o Homem? Somos perfeitos? Óbvio que não. Então podemos admitir que Deus criou algo imperfeito. Mas se o admitirmos, que é feito da perfeição divina?! POde algo sublime e perfeito criar algo de tal maneira obscuro e imperfeito?! Se construíssemos um robot que, por erro mecânico, começasse a matar pessoas, de quem era a culpa, do robot ou de quem o construiu?! A verdade é que Deus pode ser sempre visto como o depósito supremo da nossa consciência. Não sei até que ponto é que Ele não serve como forma de desresponsabilização! Erro porque sou imperfeito. Erro porque a minha natureza está sediada, necessariamente, no falhanço.
Confesso que me custa um pouco esse hábito quase natural a todos de atribuir a Deus tudo o que há de bom e remeter para a humanidade tudo o que acontece de mau. Muitas manifestações catastróficas da natureza dependem de nós, mas nem todas! Que culpa tem um justo de ser atingido por um raio?
4 comentários:
Perante estas fúrias da natureza confesso que me interrogo muito sobre o sentido de todo este circo em que vivemos. Apesar de tudo ainda consigo entender que o Homem se destrua a si próprio, mas nunca consegui perceber porque motivo Deus castiga aqueles que criou. Não me digam que é para nos por à prova, porque aí entaõ ainda entendo menos. Há prova de quê?! E se assim for não seremos nós uns meros joguetes? um divertimento estranho e maléfico?
Mas, no fim de contas, ninguém disse que tudo tinha de ter um sentido...talvez até mesmo nada o tenha...
O problema é que o dono da tenda não é Deus, mas sim o homem... E mais grave, é o facto de a Terra ser o único circo do universo em que o dono é o palhaço...
Fomos feitos livres...
Se existem tragédias como estas não é devido à acção de Deus mas do Homem.
O Homem como organismo vivo é para a Terra um verdadeiro vírus. O problema é que a infecção humana está alastrada por todo lado, e as suas demandas estão a corroer a Terra.
Se respeitássemos mais o ambiente e assinássemos e respeitássemos acordos isto poderia não estar a acontecer...
Um abraço
Se pensarmos que Deus castiga de qualquer forma, não faz sentido a vida que levamos, pois todos merecemos ser castigados por uma ou outra atitude menos correcta...
Muitas vezes dizemos que Deus não existe, senão não deixaria sofrer, morrer à fome, andar sem trabalho, e muitas outras injustiças...
Eu digo que Ele eK-siste... Não é procurado...ou só o é em casos de aflição, em que se fazem promessas e mais promessas em vão!
Também podemos dizer que os professores não existem, pois há muita gente sem cultura, que as cabeleireiras não existem, pois há muita gente a precisar de cortar o cabelo, que os sapateiros não existem, pois há muitos com os sapatos rotos...
Talvez estas coisas sejam apenas um sinal que não caminhamos para algo melhor, que estragamos tudo o que nos rodeia, ou que não nos preocupamos com o que possa vir a acontecer com os nossos actos irreflectidos...
Talvez valha mesmo a pena pensar nisto! Ou não valha a pena pensar, quando nos esquecemos de sentir!
Fomos feitos livres?! Como é que é livre um ser que existe sem o ter pedido e que é arrancado, sem o seu consentimento, com toda a violência possível, à sua vida?!
E nunca entendi bem essa ideia de que o Homem é o responsável mor de tudo o que de mal acontece e Deus a fonte de todo o bem. Afinal quem é que criou o Homem? Somos perfeitos? Óbvio que não. Então podemos admitir que Deus criou algo imperfeito. Mas se o admitirmos, que é feito da perfeição divina?! POde algo sublime e perfeito criar algo de tal maneira obscuro e imperfeito?!
Se construíssemos um robot que, por erro mecânico, começasse a matar pessoas, de quem era a culpa, do robot ou de quem o construiu?! A verdade é que Deus pode ser sempre visto como o depósito supremo da nossa consciência. Não sei até que ponto é que Ele não serve como forma de desresponsabilização! Erro porque sou imperfeito. Erro porque a minha natureza está sediada, necessariamente, no falhanço.
Confesso que me custa um pouco esse hábito quase natural a todos de atribuir a Deus tudo o que há de bom e remeter para a humanidade tudo o que acontece de mau. Muitas manifestações catastróficas da natureza dependem de nós, mas nem todas! Que culpa tem um justo de ser atingido por um raio?
Mas já Job pensou isto.
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